Há pessoas que, quando partem, deixam uma
saudade indiscritível enquanto que outras, perante a morte deixa-nos completamente
indiferentes,…
Geralmente são pessoas mal resolvidas, por
isso, mal amadas deixando atrás de si aquela sensação designada habitualmente por
rancor. Apesar dessa sensação, há muita gente que, se partisse hoje, silenciosamente
e sem dar nas vistas, não deixariam saudade nem se daria pela sua falta.
Deus sabe (também não se pode saber tudo), que
não sou rancoroso, nem sequer mereço um elogio por não o ser. É uma qualidade
que não figura no reduzido rol das minhas qualidades que só se adquirem no
decorrer da vida. É triste mas é verdade, há pessoas que se recordam com muita saudade
e outras que só muito tempo depois se toma conhecimento que já partiram. Noutros
tempos, sempre que alguém partia assim de repente, era vulgar dizer-se que foi um
arzinho que lhe deu isto quando a
medicina não dispunha ainda de outra resposta mais convincente. A expressão significava
que esse alguém tinha sido vítima de uma doença para a qual a medicina ainda
não possuía resposta. O tal “arzinho” tanto podia ser uma doença súbita, ataque,
velhice ou simplesmente o cansaço de viver…
Há dias em que a saudade de algumas pessoas aperta
mais enquanto que outras, … nem por isso.
Há dias assim.
Sem comentários:
Enviar um comentário