Gosto do silêncio, principalmente
quando escrevo, mas também gosto de ficar em silêncio sem fazer nada a ouvir o
ruído do trânsito muito ao longe, o chilrear dos pássaros lá fora empoleirados nos
ramos das árvores, o som esporádico das vozes dos mais pequenos a brincar no
relvado das traseiras, o toque do sino da igreja,…
Gosto do silêncio, mas não de
todos os silêncios. Há silêncios que trazem a paz e acalmia qualquer que seja o
estado de espírito, mas também há silêncios carregados do desconforto caraterístico
das recordações, de cenas antigas que se pretendiam esquecer.
Embora goste muito do silêncio, alterno
esses raros momentos com a música que deixo invadir o meu espaço fazendo-o encolher.
Apesar dos silêncios, posso
sempre contar também com a “minha” música que, por sua vez, também precisa de
silêncio. Assim, qualquer melodia tem um maior impacto quando se escutam os
“silêncios” que existem na própria música…
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