É costume dizer-se que “nunca se deve voltar ao
sítio onde já fomos muito felizes”. Depois de muito pensar, atrevo-me a
discordar. Acho que devemos voltar, sim, imensas vezes, tantas quantas nos der
na gana…
Voltar aos mesmos lugares onde já fomos felizes
é um risco, mas é um risco calculado. Lá, esperam-nos emoções, momentos que
ficaram guardados na nossa memória, todo um passado que se sabe que não volta
mas também onde se encontra uma presença que embora virtual ocupou sempre o seu
espaço mental…
Voltar, é a palavra de ordem. Mas voltar não é
garantia de insofrimento, recuperam apenas o tempo em que já fomos felizes! Mas
atenção, por mais que se tente não é possível recuperar os mesmos sentimentos do
passado.
Enfim, voltar aos mesmos locais onde se foi
feliz é muito relativo, depende entre outros fatores, das circunstâncias em que
se dá o tal regresso. Deve voltar-se com outra disposição, outros sentidos, sem
esperar que o passado regresse. Desengane-se quem vai aos mesmos locais em
busca do passado. Pode voltar-se sem esperar sentir o que já se sentiu.
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