Há dias, ou melhor,
momentos em que era útil ter um daquelas carros que permitem viajar no tempo. Na
falta dessa viatura, que só existe no cinema, as fotografias conseguem fazer quase
a mesma coisa, basta fechar bem os olhos e imaginar…
Observar fotografias
antigas é correr o risco, nem sempre agradável, de revisitar antigas casas, velhas
ruas, antigos monumentos, amigos e gente desconhecida que fizeram parte do passado.
Só por meio de fotografias é possível voltar a esses locais, a certa gente e algumas
coisas. No meio dessas fotografias, encontram-se verdadeiras relíquias que marcaram
momentos do passado. É esse o poder e a finalidade das fotografias que se
guardam para mais tarde recordar.
Mesmo com o coração a sangrar,
há ciclos que têm de ser fechados, portas que se devem trancar impedindo o regresso
ao passado que, por mais que se faça, por mais voltas que o mundo dê, não volta
mais… É inútil chorar o passado porque já passou nem o presente que já faz
parte do passado, “é criar outra dor e sofrer novamente” como disse Shakespeare.
Há dias em que é inevitável
enfrentar o passado e aceitar o que nos trouxer o futuro.
Há dias assim.
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