Embora não goste, comparar fotografias
antigas com as actuais, até certo ponto é uma actividade que não deixa de ser saudável,
desde que a comparação seja motivo de alegria. Compara-se então a imagem, geralmente
sorridente, com o aspecto actual o que não deixa de ser normal, o problema existe
quando essa fotografia traz até ao presente sentimentos negativos.
Através desta
comparação, começa-se por estranhar principalmente o visual que na altura
parecia o mais adequado e bem na moda. Da comparação, sai-se sempre a perder
pois o aspecto actual é sempre melhor, salvo raras excepções. Do ato, fica a
triste consolação de que, afinal, as diferenças entre uma e outra não são muitas.
Apesar de algumas diferenças, verifica-se que os estragos feitos pelo tempo não
foram assim tantos e, a sua maior parte, já eram existentes. Entre uma fotografia e outra, vão décadas, uma história de
vida, bem ou mal vivida, pouco importa.
Essas fotografias ajudam
a revisitar velhas ruas, costumes ancestrais, gente que se afastou, não de mim,
como se poderia pensar, mas da doença que assusta qualquer um.
Por fim, fecha-se o
álbum e, inevitavelmente ficamos a pensar com um passado não muito distante! Por
um instante fica-se quieto durante um certo tempo a contemplar o ar feliz exibido
na fotografia.
O tempo passou mas entretanto,
a vida encarregou-se de ensinar coisas que nem o próprio desconfiava que existissem…
mas o tempo não pára nem se comove com o que se deseja e, sobretudo, não tem
retrocesso.
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