Apesar da triste realidade, a expressão idiomática inserida em
Hamlet de Shakespeare, Algo vai mal no reino da Dinamarca, ganhou novo
sentido no contexto da (falta) cultura de um povo e da sua língua.
No mês seguinte aos festejos dos santos populares e no mês corrente
em que se adivinham os festejos dos adeptos, tudo vai bem em Portugal. Celebrar
com foguetes e vivas qualquer evento, fez-me lembrar os festejos aquando dos
santos populares, principalmente o São João, proibidos em tempos de pandemia nesta
região. Fora isso, revelador da estupidez humana, tudo vai bem em Portugal, pelo menos é
essa a mensagem que se tenta passar…
Entretanto, para festejar
qualquer evento, seja ele clubístico, partidário ou religioso, desfraldam-se
bandeiras, agitam-se cachecóis, lançam-se foguetes,… e a festa continua enquanto
a TV divulga os “números” televisivos relativos à actual pandemia, que não se sabe
de onde vêm, números esses influenciados por factores sociais e sazonais,… Fora desta
estatística, fica toda essa gente não inscrita nos Centros de Emprego.
Hoje, a propósito do livro que li há bastante tempo, ocorre-me
adaptar a célebre frase de Shakespeare a respeito dos festejos de qualquer
evento, Há algo de podre no reino da Dinamarca,… não quereria o autor referir-se
a Portugal?
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