De repente, sem aviso
prévio, de modo imprevisível assaltam-me as saudades do mar. Era normal sentir
saudade dos amigos, dos almoços no shopping, fazer compras, conduzir sem rumo
nem destino,… mas foi do mar que senti saudade! Tive saudades da brisa fresca
que às vezes abomino, do ruído das ondas que se espraiam na areia da praia, da união
improvável entre céu e mar lá ao longe no horizonte, da cor purpura do céu ao
pôr-do-sol…
Podia ter sentido saudade
de mil e uma coisas, de imensa gente mas foi do mar, quando nada o fazia
prever, que senti saudade…
Sentir saudades é apenas
uma força de expressão, basta que me afaste do mar por algum tempo ou por uma
curta distância e lá vem esse velho sentimento desde há muito conhecido.
Gosto do mar na medida
em que temo a sua fúria. Jamais me deixo abraçar totalmente pelas ondas, nunca me
aventuro mar adentro. No entanto, não concebo a ideia de me afastar muito dele.
E neste jogo de gato e rato, do mar e da areia, abandono o olhar e deixo-o navegar
entre a areia e o horizonte.
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