Desde já fica o aviso de
que não fiquei parado no tempo preso à velha máxima “no meu tempo” com a
qual discordo totalmente. Geralmente a frase é seguida de uma série de vantagens
e alguns (poucos) inconvenientes relativamente aos dias que correm. Falar gratuitamente
do “tempo” merecia alguma reflexão visto que ele varia conforme o significado que
se lhe dá, depende do contexto em que é usado. Num dado contexto, dizer que se está
a matar o tempo quer dizer que se deixam passar as horas sem executar
nada de importante. Noutro contexto é frequente dizer-se que temos tempo
o que significa que não se tem pressa. Já quando se diz que se está a perder
tempo isso significa que o assunto é inútil ou pouco proveitoso. Por outro
lado, quando se pede para dar um tempo está a pedir-se um certo intervalo
que pode durar alguns minutos, horas ou mesmo anos. Relativamente a uma dada
revista (jornal ou blog) apanhado por acaso em qualquer lado é frequente ouvir-se
dizer é bom para passar o tempo o que
pressupõe um novo significado para “tempo”. Só quem não gosta do tempo sente o desejo
mórbido de o matar ou deixá-lo preso no passado sem contudo lhe atribuir uma
justa e merecida importância…
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