Às vezes gosto de ficar
só no meu cadeirão a pensar, a ler um livro ou então ficar numa esplanada junto
ao mar a pretexto de um café,… Apesar dessa solidão
voluntária não me levar a lado nenhum, sinto que são saudáveis os longos
diálogos que travo comigo. Nesses diálogos, ora me insulto, ora me elogio por
ter tomado esta ou aquela decisão… Evito chamar-lhe monólogos já que “escuto” as
respostas. São diálogos interiores que contribuem para espantar preconceitos, alterar
juízos de valor sobre factos, atitudes ou pessoas.
Na minha opinião, toda a gente devia ficar só de
vez em quando. É extremamente útil refletir
sobre as coisas que nos rodeiam de modo a reduzir algumas ideias à sua real
dimensão e leva-las a ocupar o lugar que lhes cabe na vida de cada um.
Às vezes gosto de ficar só vendo os casais que
passeiam de mãos dadas, mães a passear com os filhos, amigos que conversam e
riem à mesa do café, e concluo então que embora goste de ficar só, não gosto nada
de estar sozinho…!
Sem comentários:
Enviar um comentário