Em boa verdade, a casa da praia não fica sobre
a praia. Dista uns bons dois quilómetros do mar. Como já vem sendo habitual, quando
cheguei encontrei lá instalados os residentes habituais. Logo à entrada, as
teias de aranha assinalavam por todo o lado que estavam presentes embora não se
vislumbrassem esses simpáticos bichinhos de oito patas… Uma vez no interior, a sua
presença tornou-se incontornável. Aqui e ali, encontravam-se vestígios de
outros insectos que lhe serviram de alimento. Com efeito, as aranhas
alimentam-se de outros insectos transmissores de muitas doenças tais como moscas,
mosquitos, baratas e um sem número de outros insetos abundantes na região.
Não padeço daquela doença conhecida por aracnofobia,
nunca ninguém me viu recorrer ao primeiro utensílio que se encontre mais à mão para
as matar esse bichinho mas não gosto de aranhas, sobretudo das teias
que elas tecem. Apesar de evitarem o contacto com o ser humano, podem morder quando
se sentem ameaçadas. Por força de hábito, não me importo de partilhar toda a casa
com esses (in)desejáveis hospedes.
Algumas pessoas (não é o meu caso), têm como lema
"viver e deixar viver", usufruindo assim das múltiplas vantagens proporcionadas
pelas aranhas. Deixando-as viver, elas comem um sem número de insectos, evitando deste
modo a propagação de muitas pragas.
Quando vir uma aranha
e antes de a esmagar, pense duas vezes nas vantagens da sua existência.
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