Estou ciente da frequência com que recorro à
sabedoria popular só justificável pelo simples facto de que, para cada caso,
havia sempre uma frase dita a propósito. Não há bem que sempre dure, nem mal
que nunca se acabe.
Por muito proferidas, a propósito e
despropósito, as frases ficaram retidas e, com a idade, tornam-se cada vez mais
presentes.
Com um prazer dissimulado, saúdo os últimos
dias do mês. Acaba-se o mês, acabam-se as férias, acabam-se as praias apinhadas
de gente, acabam-se as ruas e esplanadas lotadas, acabam-se os sonhos nunca
sonhados… mais um pouco e é o regresso às aulas.
Não é segredo que, por razões óbvias, não gosto
deste mês. Para mim, Agosto representa o maior desgosto. Nunca foi dito tão a
propósito que agosto é um mês de desgosto.
Se há bens que não duram sempre, ao menos que não
haja mal que nunca se acabe…
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