Talvez por ter atingido a proveta idade que
hoje tenho, o tema serviu de pretexto para uma mais ampla reflexão sobre a
idade, se bem que seja um conceito muito subjectivo. Partindo do princípio que a
velhice, toca a todos em qualquer altura da vida, justifica-se esta reflexão. Só
não envelhece quem, como Peter Pan, não se afaste muito da Terra do Nunca de onde
são expulsos os que se atrevem a crescer ou envelhecer…
Uma das equipas que se debruçaram sobre este fenómeno
propôs que a pré-velhice se fica-se situada algures entre os 65-74 anos. Só se
considera velho quem atingiu os 75-90 anos e super-idosos os que ultrapassaram
os 90 anos de idade.
De facto, os sexagenários aturais nada têm a ver
com os sexagenários de antigamente. A esperança de vida tem vindo a aumentar o
que torna obsoleto o actual conceito de velhice.
São muitas as vozes que agora se fazem ouvir contra esses antigos conceitos
de velhice ficando sempre a eterna dúvida, que idade deve ter um indivíduo para
se considerar velho?
O limite dos 65 anos já não está de acordo com
a realidade atual que a considera como porta de entrada na Terceira Idade, facto
que depende muito da sociedade em que se vive. Há sociedades, a Japonesa por
exemplo, onde o idoso é respeitado e até venerado enquanto noutras, ele é visto
como alguém que já viveu uma vida e só lhe resta aguardar o fim serenamente…
Leitura recomendada: A Velhice de Simone de
Beauvoir. Livro publicado em 1970.
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