A frase feita velhos são os trapos que é
costume dizer-se em certas ocasiões não me convence nem me consola minimamente.
Este termo tem diferentes conexões, infelizmente todas depreciativas. O epíteto
aplica-se a todos os idosos que vistam fora de moda ou que exponham ideias muito
antiquadas e, o que ainda é pior, que a sociedade considere uma figura ridícula…
Os anos passaram, envelheci, é um facto, mas nunca
me senti um velho jarreta. As ideias evoluíram ou melhor, adaptaram-se ao passar
do tempo e à maneira de ser e de vestir da realidade do presente.
Olhando para o espelho não ignoro os lamentáveis
estragos que o tempo fez ao passar, fora isso, vejo-me sempre como um jovem que
dificilmente aceita o declínio físico natural e a falta de saúde que geralmente
o acompanha.
Actualmente a sociedade já permite uma grande
diversidade na forma de envelhecer visto que nem todos envelhecem da mesma maneira.
Estas diferenças inerentes ao estatuto social e até de género, ajudam muito mas
não são suficientes para que a velhice seja encarada como algo normal de que
não se pode fugir. Esta incontornável verdade não invalida que se combata a
falta de actividade e o isolamento comum a muitos dos idosos, sobretudo a
descriminação social a que estes ainda são sujeitos nas sociedades
contemporâneas.
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