Deu-nos a Natureza (há quem lhe chame Deus)
cinco sentidos que nos habituamos a usar e abusar desde que nascemos. Com
efeito, dispomos de cinco capacidades, diria eu, através das quais conseguimos
interagir com outras pessoas, objectos, cheiros, sabores… Enfim, interagir com o
mundo exterior. Por este motivo é impossível dizer qual dos cinco é o mais
importante, tão importante que na falta de um, todos os outros se especializam
e apuram para compensar o sentido ausente.
Só quando sentimos na pele a ausência de um
deles, qualquer que seja, é que lhe damos o real valor. Eles fazem parte do
sistema sensorial comum a todo o ser humano, que está encarregado de enviar ao
cérebro as informações obtidas em cada momento. É para isso que dispomos de
cinco sentidos. Olhar, ouvir, cheirar, saborear e sentir tornaram-se actividades
tão banais que deixámos de lhe dar o real valor, a não ser quando algum deles
nos falha.
Ir à praia, apanhar sol, por exemplo, para as
pessoas portadoras de qualquer deficiência ou mobilidade reduzida pode ser
mesmo uma aventura mas acima de tudo um direito comum à saúde de todo o
cidadão. Há coisas que só se compreendem quando se passa pela mesma experiência.
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