Esporadicamente recordo os mais próximos que já
partiram. Uns, o tempo concedeu-lhe o espaço necessário para se despedirem a
outros, nem por isso. Nessas ocasiões cola-se à pele aquela tristeza pegajosa própria
da perda.
Como todas as emoções, a tristeza identifica-se
facilmente de manhã, quando ao acordar não se sente a mínima vontade de sair da
cama, aquela falta de interesse por tudo, aquele vazio que preenche toda a toda
a existência… Ao contrário da depressão, a tristeza é uma das características do
ser humano, um estado de espírito passageiro não alarmante.
Resumindo, sem pretender definir o indefinível,
a tristeza é uma falta de alegria comum a (quase) toda a gente. Já todos
experimentaram esse sentimento, ou seja, já todos se sentiram tristes em
qualquer momento sem motivo aparente. Ela surge assim do nada sem precisar de motivo…
Por ser uma das emoções humanas, também a forma
de a sentir varia de pessoa para pessoa. Tanto pode manifestar-se de forma passageira
e durar por breves instantes como uma tristeza mais profunda que perdura durante
dias, semanas ou instalar-se definitivamente. Neste caso, é legítimo falar-se
em depressão…
Sentir tristeza esporadicamente é até saudável.
Ela é essencial ao crescimento interior, ao bem-estar emocional. Como reação a qualquer
sentimento de perda emocional, a tristeza é mesmo necessária como um meio de
ultrapassar essa situação.
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