Toda a gente mente assim como existem diferentes
níveis de mentiras.
Há a chamada mentira piedosa destinada a evitar
ou agravar uma dor preexistente e a mentira maldosa que visa destruir a imagem
(real ou fictícia) de uma pessoa qualquer, passando pela mentira inconsequente
que não prejudica ninguém repetida muitas vezes durante o dia e que evita
situações embaraçosas.
Quem se pode vangloriar de não ter recorrido já
a uma mentirinha inconsequente, quanto mais não seja a mentira piedosa?
Ao longo da vida certamente já surgiram situações
que obrigaram ao recurso de mentiras que não fazem mal a ninguém, antes pelo
contrário. O único inconveniente dessas mentiras é que, mais tarde ou mais cedo,
a verdade vem sempre ao de cima… costuma dizer-se a propósito que a mentira tem perna curta.
Apesar de tudo, não consigo evitar gostar de
mentirosos. Quando devidamente identificados, os mentirosos costumam ser
pessoas agradáveis, dignas de fazer parte do nosso círculo de amigos. Eles conhecem e até convivem com as maiores personalidades
deste país, já fizeram ou acabaram de chegar das viagens que tencionámos fazer,
relatam planos de vida que ninguém fez, …
Por tudo isto, admito que até gosto de
mentirosos.
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