Numa das minhas incursões
pelo exterior, de repente apercebi-me que dei início a uma nova fase, a
adaptação. Até hoje, investi inutilmente toda a energia a recuperar uma vida que
perdi, a vida a que jamais voltarei. Não é possível recuperar o que
definitivamente se perdeu.
Então, dei por mim a investir
a mesma energia na adaptação à nova e real situação deixando para trás a anterior.
Saliente-se que contei sempre com a presença da atividade mental que permaneceu
inalterada o que se pode considerar uma sorte…?
Deixar para trás toda
uma vida não é fácil, trata-se de um trabalho duro e doloroso que leva alguns anos
a instalar-se. Não prometo pois que seja fácil mas é o caminho a seguir.
Quanto às antigas amizades…?
Quem puder e quiser ficar por perto, tudo bem. Quem não puder, que parta, que
parta sem mágoa nem rancor.
Que parta simplesmente,
como quem vai ali e já volta…
Não importa mais a
opinião dos outros, que pensem que as tonturas têm origem no excesso de bebida
ou na cirurgia que retira o equilíbrio. A bem dizer, não importa coisa alguma.
Entre recuperar e
adaptar, vão pela segunda opção, é menos dolorosa e dá mais e duradouros
resultados.
Vão por mim.
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