O meu gosto por viajar é
sobejamente conhecido pelas razões já apontadas. Desta vez, em direcção ao
Alentejo profundo com uma breve paragem para almoçar, aconteceu o que há muito
temia. Para o efeito, com o meu espírito prático e contagiante parámos num posto de abastecimento da autoestrada. Do
almoço constava uma sandes de fiambre e queijo. Tudo bem se não fosse a placa
partir-se ao tentar mastigar aquela sandes tão apetitosa. Num repente passaram
por mim todos os internamentos bem como todos os problemas de saúde já ultrapassados
(?) e ouvi no meu ronco surdo que dizia o já clássico “Porquê eu?”, “Porquê a
mim?”
Entre outros
impropérios recordo-me de achar que Deus nem dormia de noite só a pensar no mal
que me faria a seguir. Como se Deus precisasse de dormir…!
Ou será que dorme? Às
vezes parece que dorme…
Será que nesse meio etéreo
em que se desloca existe noite? Eis a dúvida que sempre me assalta.
Não sei, nem me
perguntem sequer pois não saberia o que responder.
Felizmente foi só um
dente que se partiu e assim não meto medo a ninguém.
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