A brincar a brincar, é uma força de expressão, já passaram
20 anos sem que tivéssemos disso plena consciência. Durante esse tempo tudo ou
nada aconteceu, umas vezes com a nossa intervenção outras sem que disso
tivéssemos um controlo absoluto.
Recordo como se fosse hoje e não é uma força de
expressão, os dias em que por ali andei levando pela mão os meus dois
pequenitos. Lembro-me do recinto destinado aos picnics, da água sempre presente
nos “vulcões” ou na queda d´água que atravessámos no seu interior, do pavilhão
da água onde enjoei, as sessões sobre diversos temas em que uma mãozinha apertou
a minha com mais força e que deixei de ver só para lhe fazer companhia… Fez na passada
terça-feira 20 anos que se inaugurou a Expo98 e no entanto recordo tudo está
presente como se fosse hoje.
Considero um feliz reencontro o regresso dos olharapos
cuja memória já não estava muito presente. Os olharapos da autoria de dois
ingleses foram realizados com a preciosa ajuda dos alunos de Belas Artes,
desfilavam por todo recinto da feira. Eram uma espécie de “monstros” sobre
rodas que assustavam os mais pequenos e não só… Nessa altura, o meu senso de
humor não me permitia interagir como devia com esses simpáticos monstros. Foi
uma agradável surpresa a notícia de que os olharapos iriam deambular pelo o
mesmo recinto para animação do público visitante no intervalo das sessões.
Passaram-se 20 anos mas Lisboa nunca mais será a
mesma. Naquele recinto subaproveitado nasceu o maior oceanário do mundo, a
ainda moderna gare de transportes do Oriente, a extensão do metropolitano, o
funicular, a pala sobre o pavilhão de Portugal e muitos mais eventos difíceis
de enumerar.
Durante todo o tempo que durarem as celebrações, o
adejar das bandeiras testemunhará a universalidade deste evento e isso é que
importa.
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