“Não é
para me gabar, mas sempre tive motivos de sobra para me considerar um ídolo das
meninas”… lá do Instituto. Isto apesar de não ser forte, loiro nem jogar basquetebol,
embora continuasse a ser alto. Ainda hoje não sei a que atribuir tal atracção
mas era um facto que não se pode negar. Nessa altura já me branqueavam as
têmporas a exemplo do que acontecia na minha família, mas continuava escorreito…
e alto.
Por
algum ou todos esses predicados, era um ídolo e, diga-se à luz dos dias atuais,
muito parvo, também.
Tudo
isso morreu na dura prática da vida que se lhe seguiu de tal modo que esqueci a
existência dessa fase dourada da minha (outra) vida. Por quantas vidas passei?
Já lhe perdi a conta… Só sei que hoje, apesar de tudo, sou muito diferente do
que já fui.
Há pouco
tempo ainda, preso numa cadeira de rodas, “disparava” em todas as direcções a
amargura que me ia na alma. Logo a mim que sempre tive uma vida activa e a quem
o tempo negou a habituação necessária a uma nova realidade!
Os dias
passaram, um outro outono voltou e eu continuo a tentar (Deus sabe como estou a
tentar) retomar a vida no ponto em que a deixei aceitando as limitações que a
realidade presente me impõe…
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