Afinal a
tão desejada e ansiada chuva veio só ao fim da tarde. Uma chuvinha fraca,
hesitante que não deu para quase nada. Tanta gente de nariz no ar com o intuito
de a ver chegar e ela lá veio envergonhada e hesitante. Talvez a vergonha seja
devido ao facto de chegar tão atrasada, de
ser tão necessária para acabar com os fogos que devastam o país e sobretudo
vidas humanas que se perderam.
Já aqui tive
oportunidade de dizer que detesto a chuva no que sou apoiado pela nossa fiel
empregada. O frio aguenta-se, com mais uma ou duas camisolas, mas a chuva…
detesto.
Por esse
motivo, nunca me imaginei a fazer a apologia da chuva mas, atendendo às
contingências actuais, desejo-a com todas
as forças do meu ser. Diziam que chegava no princípio da semana e trazia consigo
a reboque o já ansiado outono. Pois que venha. Depois dos dias de verão que a
antecederam com temperaturas a rondar os 30.º é normal que a deseje.
Que
venha a chuva para acabar com os incêndios e as mortes que lhe estão
associadas, que venha a chuva para arrefecer as mãos criminosas que os acendem
e reacendem, que venha a chuva e encha as albufeiras à míngua de água que lhe
humedeça as margens, que venha a chuva para que não apareçam mais peixes mortos
por tudo quanto é sitio…
Que venha
a chuva… já.
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