Acusam-me
de centrar demasiado os meus escritos
em mim, de só escrever sobre a minha pessoa bem como o que se passa à minha
volta. Honestamente, tenho de admitir ser razoável tal acusação. Sem uma
sincera introspeção, não me seria possível reconhecer que o tema do que escrevo
caia essencialmente sobre mim ou o que me cerca. É bonito e eu gosto desta
capacidade, tão pouco usada, de se colocar no lugar do outro. É um exercício que devemos treinar e principalmente,
praticar.
Estava
eu num desses momentos de introspeção à janela, como é costume a vê-los passar.
Passavam aos milhares (milhares, não digo), numa rota paralela ao edifício onde
moro. Quando isso acontece, não se ouve o mínimo ruído. Não preciso olhar pela
janela para saber se está ou vai estar bom tempo. Mas basta o céu ficar
enublado ou o “teto” demasiado baixo para que a rota mude num ângulo de 90º
ficando perpendicular ao prédio. Nesse caso, ouço os aviões passarem quase
sobre a minha cabeça.
Hoje à
tarde, estava um desses dias de teto baixo, os aviões começaram a circular
sobre a minha cabeça. Não era preciso seguir a rota dos aviões para saber do
tempo ou vice-versa. O vicio é mais forte do que a vontade. Tenho de ver os
aviões aterrar ou descolar ou então… não vou à janela.
Quem tiver
este bichinho, consulte o site flightradar24
onde pode localizar, em tempo real, onde param os aviões.
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