Poucos
animais têm o condão de me irritar com a sua presença, mas as moscas têm um
lugar privilegiado na minha lista. Com o aproximar dos dias quentes de verão é
inevitável contar com a sua presença dentro das nossas casas. Se aquele bailado
aéreo seja já motivo suficiente para me irritar, é revoltante quando teimam em pousar
em mim ou na nossa comida. Só de pensar que já as vi à volta dos contentores do
lixo ao fundo da rua, a pousar sobre dejectos dos cães cujos donos se esquecem de
remover dos passeios, nem posso imaginar que espécie de doenças nos podem
transmitir…!
Por
todas as razões detesto moscas. Não exagero mesmo se disser que as odeio e ainda
mais as suas “primas” varejeiras. Um verdadeiro nojo. Eis o motivo que me levou
a andar atarefado às voltas com uma varejeira para a tentar expulsar de casa sem
a mínima intenção de a matar. Abri uma parte da janela e a estúpida mete-se
entre os vidros e por mais que a oriente para frincha aberta para a liberdade,
não havia meio de conseguir sair. Teimosamente atira-se contra os vidros até
que, depois de muito a guiar para a abertura da janela lá conseguiu atinar e
saiu a voar e a zumbir.
Se há
coisa mais estúpida é a chamada mosca varejeira. Empregar o termo “coisa”
talvez seja demasiado forte e até crime agora que os animais vão deixar, de
acordo com os projectos de lei do PS, BE, PAN e PSD, de ser considerados coisas.
Concordo plenamente que um animal não pode ser comparado a uma cadeira ou outro
objecto qualquer. Contudo algumas dúvidas ficaram a assombrar a minha
concordância. Serão só os animais de companhia ou a lei é extensível a todo o
género de animais? Então e as pulgas, as carraças, as aranhas, as moscas, os crocodilos,
…? Isto só para falar naqueles animais que me são menos simpáticos.
A ver
vamos.
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