Esquecer
os óculos ou sofrer algum percalço de percurso para quem tem algum problema de
visão pode tornar-se um verdadeiro drama principalmente quando não se pode recorrer
a um acompanhante. Nunca me tinha apercebido do quão dependo deles para as mais
insignificantes tarefas do dia-a-dia como seja, ler um livro, mensagens de
telemóvel, consultar preços numa loja, …
Como
já aqui referi, depois de me ter submetido a uma cirurgia às cataratas recuperei
totalmente a visão ao longe. Talvez por isso e por ter deixado de usar óculos
com lentes progressivas, passei a dar pouca importância aos óculos de ver ao
perto. De tal maneira o seu uso se banaliza que nem sempre nos lembramos de os transportar
connosco para onde quer que nos desloquemos. Se esta deslocação se faz dentro
de um raio de acção relativamente perto de casa, o esquecimento não se torna
tão dramático. Contudo, se nos deslocamos para longe como aconteceu nesta
última deslocação a Lisboa, o caso pode assumir proporções bastante dramáticas.
Felizmente tinha a família por perto para compensar a minha falta de visão, mas
fiquei impedido de ler um livro, as mensagens de SMS e os e-mails no telemóvel.
De
tal modo nos tornámos dependentes destes meios de comunicação que, ficar
privados deles, é quase como ficar à deriva em alto mar.
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