“Quem não chora não mama” diz o povo com alguma razão.
Não tenho a certeza se quem o diz é o povo e, se o diz, com alguma razão. O que
é certo é que aqueles que mais se lamentam são os que recebem mais atenção. Muitas
vezes sofrer em silêncio não é uma boa opção. Por outro lado, queixar-se por
tudo e por nada também pode não ser a melhor opção. Aí entra a história do
“Pedro e do lobo”... Se inicialmente conseguem “mamar” podem sair-se mal nos
seus intentos de captar atenções. Tratando-se de cuidados de saúde quem lhe
assiste acaba por desvalorizar as queixas o que poderá vir a ter consequências
drásticas. Como em tudo há que
ser comedido e honesto sem cometer excessos. Mas como “quem não chora não mama”, o recurso ao choro deixou de ser privilégio das criancinhas
e do comum dos mortais, passou a ser uma arma política. Quem o afirma é Tom Lutz
no seu livro “Crying: the natural and cultural history of tears”. Neste livro o
autor afirma: "Se bem usado, o choro é uma arma retórica
e política. Actualmente, esse é um recurso quase obrigatório para os
políticos."
Sem comentários:
Enviar um comentário