Desde que me conheço sempre esteve
presente esta minha obsessão da pontualidade. Fico extremamente nervoso quando
se aproxima a hora de sair de casa ou para chegar a algum lado e, por motivos
familiares ou algum imprevisto, começo a admitir a impossibilidade de chegar à
hora marcada. Esta verdadeira obsessão faz com que chegue muito antes da hora
marcada o que implica longos minutos de espera. Ultimamente já me obrigo a sair
de casa com menos antecedência mas sempre de forma que consiga chegar minutos
antes da hora.
Para quem tem esta obsessão da pontualidade, custa-me
compreender e aceitar que tendo hora marcada para uma consulta, só seja
atendido muitas vezes com horas de atraso. Isto acontece-me no dentista, consultas
de especialidade e diga-se em abono da verdade em mais do que uma clínica onde
tenho consultas.
Se é verdade, como já referi, que não tenho por hábito celebrar
estas datas (dias de…) da forma tradicional, com jantares românticos, flores,
velas… este ano, o dia passou-se da forma menos ortodoxa. O meu dia de São Valentim começou
cedo, como preparação para a cirurgia às cataratas. Dei entrada na recepção da
cirurgia ambulatória alguns minutos antes das 10 horas conforme prévia marcação
mas só cerca das 11h 30 fui chamado para a sala que antecede a cirurgia e que
estava agendada para as 12h 30. Também este horário não foi respeitado tendo
entrado para o bloco operatório pelas 13h… Enfim, uma série de atrasos que não consigo
entender a não ser através do atraso à chegada ao local de trabalho, o marcar consultas
prevendo uma determinada duração que por qualquer motivo é excedida logo na
primeira de forma que os atrasos se vão avolumando até se tornarem intoleráveis
nas últimas consultas do dia.
Com
todos estes atrasos, só estava de saída pelas 14h com uma pala de plástico
transparente no olho. Como se pode verificar através deste relato, o meu dia de
São Valentim não foi seguramente um dia muito romântico…
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