Ao
longo da minha vida e através de algumas doenças que já tive, deu para entender
que não tenho a mínima vocação para estar doente. Sim, porque ficar doente, acontece
a qualquer um, mas fazer da doença motivo de convívio e competição, não é
qualquer um que consegue. É preciso uma verdadeira vocação. Basta ver o prazer
com que algumas pessoas relatam e
comparam as suas com as maleitas dos outros, cada um tentando convencer o outro
de que a sua doença é a mais grave…
Não ponho em causa que estas
pessoas estejam realmente doentes mas ao contrário de lutarem contra a doença,
elas alimentam a própria doença servindo-se
dela para se sobrevalorizarem ou como chamada de atenção…
A
vocação é de facto determinante para o bom desempenho de qualquer actividade
profissional ou não. É aí que eu sinto que falho redondamente. Não tenho o
menor prazer em contar e muito menos em comparar as minhas doenças com as dos
outros. Pelo contrário, irritam-me as limitações a que a doença em geral obriga
ainda que temporárias… Como consequência, fico profundamente deprimido e em
nada me contenta saber que há quem possa estar pior do que eu… E tudo isto porque a maldita gripe não me larga...
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