Para quem nos estiver a observar,
quando estou em companhia do meu neto Miguel, vai seguramente tomar-me por um
perfeito atrasado mental. É assim quando estou com o Miguel. Nós fazemos
corridas na galeria de acesso ao prédio, saltámos os “buracos” do passeio na
minha rua, inventámos nomes (feios) para pessoas que se atravessam nas nossas
brincadeiras, conversámos com o automóvel como se ele tivesse vida própria,
jogamos on-line tudo que é jogo,… Enfim, este comportamento é a prova de que
mantenho bem viva a criança que há em cada um de nós. Se é verdade que toda a
gente tem dentro de si essa criança, não é menos verdade que todos aprendemos a
reprimi-la ao atingir o estado adulto. É suposto que um adulto tenha um determinado
comportamento estereotipado, que seja “sério”. Perante uma atitude mais descontraída
e brincalhona, lá vem a repreensão; “deixa de ser criança”. Frequentemente sou
surpreendido pela “reprensão” da minha própria filha quando as minhas brincadeiras
com o Miguel ultrapassam os limites sonoros aceitáveis…
Cedo me foi exigido um comportamento
muito próximo dos adultos, quando ainda usava calções. Mais tarde, quando a vida
nos começou a sorrir, já não era mais criança… Por tudo isso, jamais devíamos
esquecer a criança que há em nós. Mais do que todas as crianças que temos vindo
a conhecer ao longo da vida, é a criança que há em nós que mais precisa da
nossa atenção e do nosso carinho…
Se a tua neta for como a Beatriz, estamos conversados! Vai procurar bolas e chuteiras...
ResponderEliminarMas pode ser que seja uma Leonor...
Pois... resta-nos esperar para ver
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