Ali sentado, tendo apenas
eu por companhia, tento escrever aqueles versos que trago comigo e que teimam
em bailar no pensamento mas tão hábeis a escapar ao papel. Incapaz de os ‘apanhar’,
afinal que faço eu ali sentado à beira-mar?! A tarde avança, o sol começa a declinar
e eu para ali sentado tendo-me apenas por companhia… Não vejo a gente que
passa, nem o sol e já nem mesmo o mar… Vejo apenas o que penso, imagens
fugidias e os versos que faço mas não consigo ‘apanhar’. Deixo então os versos
e sigo o pensamento. Acabo sempre por lembrar os ausentes. Doí-me a saudade dos
que já cá não estão… Normal seria esquecer. Dizem que o tempo tudo apaga, mas
não. Ali sentado à beira-mar, cada onda que morre na praia transporta uma
saudade… E se tanto dói a saudade dos ausentes como as que tenho de quem gosto,
que faço eu ali sentado à beira-mar…?!
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