Sabujo era o termo de eleição da Dona Mimi, minha mãe
para apelidar um indivíduo servil, bajulador, tipo lacaio. Deste modo, o termo
foi-se enraizando na minha memória conectando-o apenas com o seu sentido
figurativo Muito me surpreendeu mais tarde saber que designa uma raça de cães
farejadores como o beagle, o bloodhound ou o basset hound, por quem
nutro a maior das simpatias. Mas não é deste simpático amigo do homem que vou
falar. O sabujo a que me vou referir pertence à raça humana.
Ao observar o comportamento de determinada pessoa
através do que “publica” através da Internet, só me ocorreu o termo – Sabujo. A
Internet tem destas coisas, permite-nos observar e analisar determinados comportamentos
comodamente instalados na cadeira em frente ao portátil como se no teatro ou
cinema estivéssemos a assistir ao desenrolar da comédia que, às vezes, a própria
vida se transforma. O sabujo não é destituído de algumas “qualidades”. Tem a
capacidade de dançar conforme a música o que revela um grande poder de
adaptação. Apesar de dissimulado e pouco letrado, consegue tornar-se
simpático graças à sua capacidade de bajular e de levar o seu servilismo ao
extremo de se transformar num lacaio. É exímio na arte de se insinuar
conseguindo assim um lote considerável de “amigos” que selecciona criteriosamente de acordo com as benesses que poderá usufruir através deles o
que o torna um perfeito parasita. É um autêntico “camaleão” vestindo a pele que
mais se harmoniza com a sua “presa”. Deste modo vai usufruindo das vantagens que a sua “simpatia”
vai conquistando até ao dia em que as pessoas se apercebem da sua verdadeira
personalidade. O sabujo tem um prazo de validade mais ou menos longo conforme a
capacidade de discernimento daqueles para quem se insinua… Mas como ser tolerante
que sou, vou-o deixando viver… Todos os seres vivos mesmo os mais inferiores têm
direito à vida e este… também.
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