Chegou cá a casa aquela
fase em que, pais e avós acham que o menino – o Miguel - está a ficar
‘estragado com mimos’. Como se alguém ficasse estragado com mimos…! O contrário
isso sim, é possível e eu sou disso um exemplo vivo. A falta de mimos é que
produz imensos estragos que se repercutem mais tarde ao longo da vida. Por isso
mesmo ou por predisposição não me coíbo de continuar a dar mimos ao pequenito. É
um colinho quando apetecido, um beijinho roubado no momento desejado, o elogio
de uma das suas façanhas ou o olhar apreciativo de uma das suas ‘obras de arte’…
Apesar de tudo, estou convicto de não correr o risco de ‘estragar com mimos’ o
pequenito. Quem não gosta de um miminho? E se ele vier na hora certa e da
pessoa certa… tanto melhor. Um mimo carregado de carinho que é senão um
miminho?
Quantas vezes
descuramos esta dádiva tão fácil de expressar através de um gesto, uma palavra,
um mail… um like… Deixemos ‘falar’ os afectos pelos filhos, pelos netos, pelos
amigos, por toda a gente…
A ser verdade a
máxima ‘estragar com mimos’, prefiro que esse estrago seja pela positiva, isto
é, por excesso do que pela falta deles.
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