Já aqui foi motivo de
conversa por várias vezes o que gerou alguma curiosidade entre alguns dos meus
leitores sobre a sua identidade. Nessa altura, senti-me na obrigação de
explicar a quem me referia ao falar do gato. Nessa publicação expliquei que o
gato, sendo apenas um gato, também poderia ser qualquer um de nós. E pode. O
gato é assim o símbolo de quem nos acarinha mas também nos pode agredir, de
quem nos sussurra segredos que, muitas vezes, já suspeitávamos mas nem
queríamos acreditar. O gato é enfim, aquele que ronrona e se enrola nas nossas
pernas com o intuito de captar a nossa atenção e segredar, no seu ronronar,
aqueles segredos inconscientemente adivinhados.
Nunca gostei de
gatos. Tive sempre uma relação de amor-ódio com estes bichanos. Gosto da sua
personalidade, independente, agressiva ou carinhosa de acordo com a tal
voluntariedade, mas sempre tive um certo receio das suas reacções precisamente
por causa da sua voluntariedade. Ainda hoje não sei bem se realmente gosto de
gatos. Olhando a frio reconheço que têm expressões que me enternecem atitudes
carinhosas… mas continuo com um certo receio das suas garras… Por outro lado, continuo
a achar uma extrema perversidade o facto de segredar as tais verdades que já
sabíamos mas que preferíamos não saber…
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