Haverá
alguém que, em seu perfeito juízo, queira governar um país ingovernável? E não
sou eu que o digo, já Júlio César dizia que “nos confins da Ibéria vive um povo que nem se
governava nem deixava governar”. Por mais altruísta que seja, haverá alguém
queira ser governante de um país à beira da bancarrota com um povo descontente
a raiar a miséria, sem emprego, sem acesso aos serviços de saúde, sem futuro…?
Só com um grande incentivo, uma grande contrapartida é que se compreende esta
ânsia de poder dos líderes dos diferentes partidos políticos. E esse incentivo,
todos sabemos qual é... Que seria desses senhores que lideram os diferentes
partidos se não fosse a própria liderança? Neste país fariam parte da extensa lista
dos desempregados. É óbvio que, fazendo parte do Governo, terão o futuro
assegurado: altas reformas, automóveis, motoristas, secretários… Tudo isso à
conta do povinho português. Acorda bom povo, acaba com a alternância… exige uma
alternativa…!
Querem
um exemplo? Vejam o caso da Finlândia. Depois de recorrer ao FMI, apareceram
movimentos cívicos exigindo que os prejuízos
causados pelas falências bancárias fossem pagos pelos accionistas dos Bancos e respectivos
credores e não pelos cidadãos. O primeiro-ministro foi julgado por
incompetência.
Assim, em 25 de Abril de 2009, a Islândia foi
a eleições. Um partido novo (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições.
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