Reconheço que a comunicação
oral não é o meu forte. Desde os meus tempos de estudante sempre me destaquei
através da escrita. Por mais hábeis que sejamos na comunicação oral, nem sempre
as palavras são o melhor meio de comunicação. Até pela nossa subjectividade quando interpretamos a mensagem que estamos a receber. Também as nossas
vivências acabam por condicionar a análise e avaliação do que nos transmitem. Às
vezes, o que interpretamos não tem nada a ver com o que nos queriam dizer. Por
isso mesmo, dou pouco valor à mensagem oral. As expressões, os gestos, os
olhares… dizem mais que mil palavras. Saber interpreta-los é o melhor caminho
para uma melhor compreensão dos outros. É através deste meio de comunicação ao
qual sou particularmente atento, que consigo recolher mais informação do que em
mil palavras. É também, através da comunicação não-verbal, que recebo as
mensagens que mais me decepcionam e magoam…
Os maiores peritos da
comunicação não-verbal são as crianças. Podemos enganar os adultos fingindo
alegria quando tudo cá dentro é tristeza mas uma criança olhará para nós
atentamente e perguntará: O que tens? Estás triste?
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