No rescaldo dos jogos
deste domingo que fez do F.C.P. campeão, tenho assistido na TV, café e nas
ruas, a acesas discussões entre adeptos dos dois clubes pondo em causa o
merecimento da vitória do Porto e atribuindo as culpas à arbitragem, aos
treinadores, aos jogadores…
O que podia ser uma
simples troca de opiniões acaba, regra geral, em acesas discussões. À medida
que a discussão evolui, vai subindo o tom de voz até culminar numa gritaria que
me faz lembrar a estratégia usada pelas crianças. Todos testemunhamos já que quando
uma criança não consegue uma coisa desata numa berraria com o intuito de obter,
com os seus gritos, o que não conseguiu por outros meios. Inconcebível é que
muitos adultos se comportam da mesma maneira. As discussões são normais na
infância e quando muito na adolescência, mas na idade adulta revelam falta de
maturidade e falta de controlo.
Nem sempre é fácil
controlarmo-nos no meio de uma discussão, sobretudo quando a razão nos assiste,
mas há uma coisa que podemos fazer – calar-nos. O nosso silêncio funciona como
um travão à discussão que não levaria a nada. Neste nosso silêncio, estamos a dizer
ao nosso interlocutor: Já conheces a minha opinião e espero que tenhas a
capacidade de reconhecer que me cabe a razão.
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