Apesar
de sujarem os vidros e carroçarias das viaturas com os seus excrementos, de nos
acordarem pela manhã com gritos estridentes e causarem inúmeros problemas
citadinos, sem elas o mar estaria mais longe, tão longe que só a muito custo se
poderia alcançar…
Seja
qual for a razão, quando se ausentam, sente-se a falta. Será por que há muito
peixe no mar ou será a calmaria das marés que as afastam? É bem conhecido o
ditado “gaivotas em terra, tempestade no mar”. Excecionalmente discordo, em
parte, deste ditado. Era suposto encontra-las nos rochedos à beira mar, quando o
tempo convida mas nunca em plena cidade. Normalmente as gaivotas vivem em
colónias e voam atrás dos barcos de pesca em busca de peixe fresco mas nas
cidades alimentam-se do lixo que encontram em locais longínquos do mar.
Além
da barulheira a gaivota convive habitualmente em perfeita simbiose com o ser
humano. Em contraste com o branco imaculado das penas das suas asas com a
escuridão das almas de quem as escuta, voam indiferentes aos problemas que
podem causar. Voam cada vez mais alto porque, Vê mais longe a gaivota que
voa mais alto…
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