O
termo “estória” era usado no século XIII para designar a narrativa de qualquer
acontecimento enquanto o termo “história” se destinava a factos históricos.
Atualmente os dois termos são usados indistintamente e em qualquer contexto.
Com
ou sem “h”, as histórias têm o extraordinário dom de nos transportar para lá do
tempo e do espaço a regiões que só existem no nosso imaginário. Através delas conhecem-se
mundos encantados e amigos improváveis que só existem nessas histórias.
Um
dia, a mãe resolveu adquirir uma máquina de costura e, para praticar, bordou
algumas histórias nos lençóis que mais tarde colocou nas nossas camas. Confesso
que naquele tempo, a mãe era pouco dada a fantasias nem prestava muita atenção
a contos tradicionais e gostava ainda menos de contar histórias para adormecer.
Muito dado a leituras, a história do “João Ratão bordada no lençol ganhava vida
todas as noites e os personagens povoavam a minha imaginação.
Talvez
venha daí o gosto pelas histórias embora nem sempre acredite nelas ou lhes dê o
merecido crédito. O “capuchinho vermelho”, por exemplo, deixou-me sempre muitas
dúvidas quanto às suas reais intenções… Atualmente aprecio mais histórias de
gente real, histórias incríveis que parecem saídas diretamente da ficção mas
que podiam ser reais…
Agradeço
os livros infantis que me permitiram viajar pelo tempo, conhecer outros mundos
e viver novas experiências,… Ao recordar essas experiências, defendo que se ofereçam
livros, ilustrados ou não, pela importância que têm no desenvolvimento do
imaginário de qualquer criança.
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