Talvez seja desta pandemia ou das alterações climáticas as melgas este
ano ainda não me vieram atormentar. Confesso que tenho uma verdadeira paranoia
no que se refere aquele bichinho.
Basta ouvir o zumbido característico da “bicha” logo que se desliga a luz para não
conseguir adormecer.
Embora saiba que o único
bichano que pica é a
fêmea que a natureza dotou, além das duas asas, uma tromba que picar e
suga o nosso sangue qual vampiro. Ao picar, a bicha inocula
a própria saliva que desencadeia em certos indivíduos uma reação alérgica. A malvada
introduz-se em nossa casa ao entardecer atraída pelo calor corporal, anidrido carbónico exalado durante a respiração além
de outras substâncias constituintes do suor.
À noite, quando ouço aquele som que assinala a presença da melga a
querer atacar, começo por esbracejar para afastar a “vampira”, acendo a luz, perscruto
todo o quarto no intuito de acabar com a maldita. É claro que nunca a encontro,
a única solução é dormir no sofá da sala…
Sem comentários:
Enviar um comentário