Estar só não é o mesmo
que solidão. Há um mundo de diferenças entre os dois termos. De vez em quando,
gosto de ficar só. Não por ter feito uma escapadinha junto ao mar conforme
gosto mas devido a exigências familiares. A mulher de visita ao Lar em Viseu, o
filho a trabalhar lá longe, a filha com o marido e filhos… e eu aqui, só.
Ainda pensei aproveitar
para saborear o silêncio e a paz que uma casa deserta oferece mas o sol lá fora
teimava em brilhar num céu azul num apelo insistente a uma incursão ao
exterior. Fiz-lhe a vontade.
Começa aqui o velho dilema,
Onde ir, o que fazer…?
Por que não reservar o
resto da manhã para uma sessão de ginásio?
Mas não. Depois de
almoço, não resisti ao passeio pela marginal desfrutando da calmaria da
paisagem de inverno ensolarada. E com estas atividades esgotou-se assim o meu
dia a sós… comigo.
Ficar só não significa forçosamente
sentir-se só. Ficar a sós proporciona momentos de encontro connosco que não são
de desprezar. Esses momentos de introspecção são fundamentais para “arrumar a
casa”. Através deste processo é possível separar aquilo que realmente interessa
daquilo que não tem qualquer interesse preservar…
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