Parece uma coisa fácil,
um ato espontâneo que se consegue sem o menor esforço, mas não é. Para quem está de fora, para um ser saudável andar não custa nada, é tão natural que nem recorre
ao pensamento. O ato em si pouco tem de natural nem deve ser encarado como tal.
Definitivamente, (re)aprender
a andar é custoso embora marque uma etapa fundamental para a vida de qualquer um
e represente um enorme passo em frente em direcção à autoconfiança e autonomia tanto
da criança como do adulto.
Reaprender quer dizer
que se vai voltar a aprender algo que já se praticava antes sem qualquer
dificuldade. Pode pensar-se que o facto não apresente grande dificuldade como o
primeiro passo de uma criança contudo exige muito autodomínio, concentração e,
sobretudo, muita persistência. Com efeito, aprende-se a andar porque, para lá da
tentativa, persiste-se em ultrapassar as muitas dificuldades que vão surgindo e
assumir algumas derrotas.
Mais que reaprender a
andar é preciso reaprender a viver. Determinados valores e princípios tidos
como certos e muito importantes, deixaram de fazer sentido ou tomaram outro
valor na nova vida o que não invalida a existência de momentos em que é
permitido chorar mas, nunca desistir.
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