Não estou preocupado em
distinguir “ditado popular” de “provérbio” embora reconheça que existem
diferenças substanciais entre os dois termos. Na minha opinião, trata-se de dois
importantes meios de transmissão da cultura popular que importa preservar e
transmitir à nova geração.
Neste sentido, transporto
hoje comigo mais um ditado popular o que, de certo modo, é já normal. Não é de
estranhar que tenha assimilado grande parte destes ditados e provérbios durante
a minha infância uma vez que eles circulavam livremente lá por casa na voz
inconfundível da mãe consultada por muita gente. Havia sempre um provérbio na
ponta da língua adequado a cada situação. Por isso é provável que, de vez em
quando, eles consigam emergir das profundezas onde se encontram e apareçam à
luz do dia transbordando por toda a parte.
O ditado, nem tudo que (re) luz é oiro, nem sempre
é aplicado de acordo com o seu real significado, era muito usado lá por casa.
Por outras palavras, nem sempre se apreende o verdadeiro significado de
qualquer provérbio, é necessário carregar alguns anos no lombo… que me
desculpem os mais puristas da língua.
No seu pobre linguajar,
tão pobre que nunca diria reluz em
vez de luz, o que pretendia dizer é que
as coisas ou as pessoas nem sempre são o que parecem ou recorrendo às suas
sábias palavras da mãe, as aparências iludem.
Por este motivo, quase
me sinto feliz quando consigo enganar os mais próximos passando a imagem de que
esta tudo bem. Só quem convive comigo diariamente e a tempo inteiro, consegue
notar que existem diferenças de dia para dia, de hora para hora…
Parecer estar bem não tem,
nem longe nem de perto, o mesmo significado de estar realmente bem.
As aparências iludem…
Ou as iludencias aparudem;)))
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