Há dias
em que as coincidências se sucedem sem que tenhamos mão no seu correr. É o
chamado dèjá vu…
Ouço com
frequência “rádio” no carro onde sou conduzido, mas não deixa de ser curioso
ouvir o locutor anunciar, no seu tom de voz inconfundível, que vai “tocar” não
sei quantas músicas seguidas e, entre elas, reconhecer uma voz que se ouviu recentemente
no nosso velho gira-discos.
Um sorriso
que ninguém viu inundou-me o rosto. É que na minha idade mais do que uma já é
demais…. Noutro tempo brincaria com a situação hoje calei, ou antes, brinquei
comigo próprio.
Entre os
nomes sonantes anunciados, lá esta ela, inconfundível. Enfim, coincidências
todos os dias se sucedem sem darmos por isso.
E lá continuava
a artista e cantora no seu tom de voz triste e monocórdio cantando a velha
canção que tantos recuerdos trazia.
Eu, que nada sabia sobre o assunto, concordava intimamente com o que estava a ser
dito pela voz da cantora que me transportava até não sei onde… Num dado
momento, vejo-me em frente de um copo meio cheio e no momento seguinte, já não
era eu…
Há dias em
que a vida nos permite viajar até ao passado, outros deixa-nos regressar…!
Há dias
assim.
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