Sempre
que ocorre mais um atentado à vida de seres humanos inocentes, há uma voz que se
levanta em defesa do velho código de Hamurabi cuja máxima é “olho por olho,
dente por dente”. Num daqueles seus polémicos discursos à multidão dos seus
apoiantes, Donald Trump defendeu a prática desta máxima como sendo a solução
para combater o Estado Islâmico. O que
este código preconiza essencialmente, é que se faça aos agressores algo em tudo
semelhante ao mal que eles executaram. Isto é, à morte de inocentes, como
aconteceu recentemente em Nice, responderíamos com a morte de outros inocentes…
Face a
estes actos de uma brutalidade gratuita, é grande a tentação de por em prática
a máxima “olho por olho, dente por dente”, se não nos lembrássemos de que, do outro
lado, também há gente inocente.
Por
vezes cedo à tentação de defender que se aplique a lei de Hamurabi relativamente
aos assassinos e autores de qualquer outra violência exercida sobre outrem. Mas,
como Gandhi muito bem lembrou, “Olho por olho e o mundo acabará cego”.
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