Arranjar desculpas para tudo e mais
alguma coisa é algo intrínseco ao ser humano. Parece que a coisa começou logo no
Paraíso (não confundir com Portugal…). A Eva deu-lhe na gana comer o fruto
proibido com a desculpa de ter sido tentada pela serpente (ainda hoje isso
acontece). Por sua vez, o Adão, regala-se com o fruto proibido da “esposa” e
acusa-a da tentação (isso também ainda acontece, mas não com a esposa…).
O hábito de arranjar desculpas seja
para o que for está de tal modo enraizado no ser humano que recorremos a ele diariamente.
De forma consciente ou inconsciente, arranjamos desculpas para tudo. Umas vezes
para nos protegermos do medo de falhar, outras porque não nos apetece e outras,
porque sim…
Inventamos
desculpas para todos os gostos e ocasiões! Para
não fazer algo, para ocultar os nossos erros, limitações ou fraquezas, para não
aceitar um convite, para
acabar uma relação sem sentimento de culpa… E quanta vezes nem era preciso inventar
desculpas, bastava cingir-se aos factos, mas o hábito fala mais alto… A este
propósito sempre me vem à memória a reacção de uma amiga, conhecida pela sua assertividade.
Perante o fim de uma relação, dizia ela:
- Para quê tantas desculpas? Bastava
dizer adeus…!
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