Há toda uma geração que dia
após dia nos está a deixar… A cada dia que passa há sempre alguém que parte e
nos deixa a pensar que também pertencemos a essa mesma geração. Então, fica aquela
sensação de estar à beira do abismo, isto é, sente-se a falta da barreira biológica
que nos protegia da queda eminente no abismo.
O mesmo acontece quando
perdemos os pais. Enquanto estão vivos, pensamos que a nossa partida está longe
porque biologicamente é normal eles partirem primeiro. Após a sua partida, damos
por nós a pensar: a seguir é a nossa vez! Como
muito bem disse Jankélévitch: «Quando desaparecem os nossos pais, desaparece a
última barreira biológica. Depois, é a nossa vez. E essa não é uma ideia muito
agradável».
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