A espontaneidade com
que o meu neto me diz, olhos nos olhos, «gosto de ti» sempre me deixa
desconcertado na medida em que me sinto constrangido na eventualidade de fazer tal
declaração àqueles de quem gosto. Estou mesmo convencido que não sou o único a
sentir tal constrangimento pois é raro as pessoas dizerem umas às outras: Gosto
de ti! Imagino as situações embaraçosas que se poderiam originar ao fazermos tal
declaração a todas as pessoas de quem gostamos, indiscriminadamente do local, da
hora e da companhia…! Mas também me questiono, e porque não? Por que não
reafirmarmos, por meio destas ou de outras palavras, que gostámos daqueles que
escolhemos para nos acompanhar na jornada da nossa vida?!
Vem este “pensamento”
a propósito da escapadinha deste fim de semana na companhia do meu neto. O
pequenito grudou-se a mim todo o tempo e a caminho da estação de comboios do
Pinhão da Régua, olhando-me nos olhos, declara: gosto de ti. E eu sei, eu sinto
que ele gosta mesmo. É inquestionável que nutro igual sentimento pelo pequenito
mas não tenho por hábito traduzi-lo por palavras. O mesmo acontece em relação a
todos aqueles que amo mas há outras formas de o demonstrar mesmo sem ser
preciso proferir as tais palavrinhas: Gosto de ti!
...Mas olha que era uma corrente mágica dizer a quem amamos essa frase!
ResponderEliminarCom simplicidade, com afeto...
Muitos mal entendidos se evitavam
E por que não aos amigos?
Um abraço
Olga