Ter ou não ter qualquer sotaque é muito
subjetivo, depende do local em que se nasceu e cresceu, do ambiente familiar,
dos colegas de infância, do grau de cultura de cada indivíduo,…
A manifestação do inconfundível sotaque nortenho
admite, a quem nasceu no sul, pensar que se trata de um indivíduo “parolo”
enquanto no norte, o sotaque sulista é olhado pelos autóctones com alguma curiosidade
aliada a uma certa desconfiança. Já não me atrevo a falar no sotaque alentejano
que, de tão imitado, ganhou estatuto nacional. Não há anedota que não se apoie
numa imitação, ainda que grosseira, do sotaque alentejano. Também não menciono
o sotaque das ilhas que por vezes difícil é de entender.
Nascido e criado em plena cidade do Porto, era
suposto ter algum sotaque. Já não digo o caraterístico sotaque portuense mas,
pelo menos, um sotaque. Que me lembre, nenhum familiar apresentava algum
sotaque que os ligasse à terra onde nasceram.
Se é verdade que, através do sotaque é possível
identificar a terra de nascença nem sempre funciona. De todos, qual é o sotaque
mais correto? Nunca perder de vista a língua portuguesa… e os diferentes
acordos ortográficos!
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