No início de carreira,
Virginia Woolf começou por escrever pequenos textos jornalísticos mas, com o
tempo, veio a tornar-se uma excelente escritora e, nessa qualidade, deu imensas
palestras. Numa dessas palestras, Virgínia
contou que quando escrevia, a sombra de um anjo soprava-lhe ao ouvido como escrever
para que os seus textos tivessem sucesso.
De tal modo o anjo
a perseguia e atormentava que um belo dia decidiu matá-lo. Só assim a sua
escrita seria mais autentica …
É obvio que Virgínia
não matou ninguém nem nunca existiu o tal anjo.
O anjo era uma
figura de retórica que ela usou como mera alusão aos seus próprios fantasmas.
Os anos passaram, a vida deu muitas voltas ao
ponto de se pensar que os fantasmas não existiam… Por muito que se queiram
ignorar, é durante a infância e mais tarde, na adolescência que travámos
conhecimento com os nossos fantasmas. Não todos…
Alguns ficaram não se sabe bem onde até que um
dia, sem que nada o previsse, eles surgem do nada como se estivessem sempre
ali.
Há quem lhe dê o nome de “medos” mas, seja qual
for o nome, todos têm os seus fantasmas e não me venham com essa treta de dizer
que não se teme nada nem ninguém pelo que não é preciso matar os fantasmas ou…
medos.
Não é verdade que os fantasmas surjam assim do
nada, simplesmente estivam adormecidos se bem que uns são mais dorminhocos do
que outros mas todos acabam por acordar.
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