Depois das notícias do
corpo do menino que foi resgatado, dos tumultos que se alastraram às ruas de
Lisboa e do regresso do JJ após ser despedido lá nas “arábias”, resta aos média
esperar que algo aconteça para equilibrar audiências.
Já se sabe que quem vai
pagar directa ou indirectamente esses caixotes do lixo e outras tantas viaturas
incendiadas, as pilhagens subsequentes, as montras partidas e outros atos de
vandalismo é quem paga obrigatoriamente os respectivos impostos…
A violência de uma só parte
gera violência de outra parte e enquanto uma delas não desistir os actos de
violência prolongam-se no tempo.
Neste e noutros casos
semelhantes, tomo quase sempre o partido da polícia. É difícil manter a calma
quando se recebem insultos dirigidos a quem se ama. É preciso reconhecer que a
polícia está ali a desempenhar uma função impedindo o acesso a determinados
locais e manter a ordem e segurança dos manifestantes. Também é verdade que a
polícia está ali mais à mão e é contra ela que se dirige a fúria acumulada nalguns
corações…
É verdade que muitos
polícias matam, muitas vezes em legítima defesa. Também é verdade que muitos
matam gratuitamente, é o matar só por matar. Outros não matam, morrem e desses
pouco ou nada se diz!
Todos os dias, a toda a
hora lidamos com a violência. Ela encontra-se no trânsito, dirige-se contra
crianças e adultos…
O triste aumento do
número de mortes que se verificam nos confrontos policiais com os civis (muitas
vezes inocentes) deve ser devidamente apurado ouvindo sempre as duas partes não
esquecendo que a violência gera mais violência. É preciso parar.
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