A presença de um queijo
de bola sobre o balcão da cozinha, transportou-me a outra época porventura mais
feliz. Não havia refeição, nesse tempo, que não terminasse com uma boa
sobremesa. E por boa sobremesa entenda-se um bom e saboroso queijo.
Acreditando na
mitologia, deve-se a Aristeu (filho de Apolo) a descoberta do primeiro queijo
sem desprezo da lenda que atribui a descoberta acidental do primeiro queijo a um mercador
árabe quando atravessava o deserto. Ao certo não se sabe a quem atribuir a
descoberta desse alimento tão apreciado extensivo a todos os comensais.
Qualquer que seja a sua origem, pouco importa.
Embora o queijo de bola
fosse o mais frequente atendendo à sua textura e sabor, era o queijo da serra
(serra da Estrela) o mais apreciado mas, por razões económicas, nem sempre estava
presente à sobremesa.
Recordo ainda, já que
se fala em queijos, as frequentes viagens à Galiza que na qualidade de pendura
e sempre com má cara, começavam com as habituais compras (vantajosas nesse
tempo) e finalizavam com a aquisição do célebre queijo de mama (queijo Tetilla)
como era conhecido lá em casa. Por razões óbvias, o queijo deve o seu nome à
semelhança com o órgão feminino que pretende imitar. É um queijo de vaca muito
apreciado graças à sua textura e sabor.
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